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domingo, 13 de março de 2016

Pataxó: Uma breve introdução

13/03/2016. Disponível in <http://jornalturismoeeventos.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cultura.jpg>

Os Pataxós são um grupo indígena brasileiro. De acordo com registros são um dos mais antigos. Inicialmente o povo Pataxó era nômade, viviam entre três e quatro meses em uma região e então mudavam-se. A aproximadamente 150 anos foram forçados a se aldearem devido aos conflitos de terra, desmatamento e degradação do território que ocupavam. No século XX passaram pelo processo de aculturação e foram colocados a margem da sociedade. Concentraram-se então no extremo sul da Bahia e alguns ainda partiram mais para o interior chegando a ocupar o norte de Minas Gerais.

Em 1816, em busca da manutenção de sua comunidade passaram a viver mais próximos da costa. Observa-se assim uma mudança nos costumes em decorrência da declinação de recursos de seu ambiente. Diminui-se a caça e passam a praticar principalmente a pesca, a coleta de mariscos, caranguejos e demais produtos advindos da costa e do mar. 

13/03/2016. Disponível in <http://www.anai.org.br/PRJA/?cat=3>

Em 1861 o processo de aldeamento se intensifica e são colocados então na Reserva Aldeia Barra Velha, a menos de um quilometro da costa, entre as embocaduras dos rios Caraíva e Corumbáu, próxima a Porto Seguro-BA. Aldeia de Barra Velha passa a ser então a Aldeia Mãe, de onde todos nasceram, torna-se o local sagrado, a ligação com seus antepassados. Importante ressaltar ainda que existem aldeias no norte de Minas Gerais, mas que são todos oriundos do sul da Bahia.

(Monte Pascoal – o morro avistado por Pedro Álvares Cabral no sul da Bahia, ao descobrir o Brasil – 13/03/2016. Disponível in <http://horizontegeografico.com.br/exibirMateria/83/o-parque-dos-pataxo#sthash.dhydpEvO.dpuf>)

13/03/2016. Disponível in <http://tvbrasil.ebc.com.br/expedicoes/fotos-1>

Os Pataxó são do tronco linguístico Macro-jê, da família Makaxali e sua língua é o Patxohã. Devido ao processo de aculturação sofrido por este povo sua língua mãe foi aos poucos sendo substituída pelo português, mas existe hoje dentro das Aldeias Pataxó uma forte consciência da importância da retomada de seus costumes antigos. Para isso os novos índios frequentam as escolas indígenas onde aprendem o ensino comum, mas também aprendem sobre sua cultura, sua identidade como Pataxó, a língua Patxohã e a relevância de conservar seus ritos e a passagem de suas crenças e histórias. Os Pataxó consideram-se um povo guerreiro, que sempre lutou e continuará a luta para preservação de seus costumes. 

De acordo com o Antropólogo Ronaldo Lobão “o povo Pataxó é uma presença ativa na vida econômica, política, social e cultural do extremo sul da Bahia”. Com a criação deste espaço pretendemos documentar nossa pesquisa e fomentar a curiosidade e vontade de aprender não só sobre os Pataxós, mas também sobre a importância dos povos indígenas no Brasil e compreender a parte da contribuição desta cultura para formação da identidade cultural brasileira. 

Brevíssima apresentação com o intuito de convidar a todos para iniciarmos os trabalhos, bem vindos! 


Brenda Salzmann. 


FONTES:
Artigo: PREDES, Ianê de Albuquerque. Pataxó: Memória, Desenho E História. Anais do V Encontro Estadual de História ANPUH-Ba. 2010. Acesso in 12/03/2016. Disponível em <http://vencontro.anpuhba.org/anaisvencontro/I/Iane_de_Albuquerque_Predes.pdf
TV Brasil, Programa Expedições, Documentário: Índios Pataxós e a Terra do Descobrimento. 2012. Acesso in 12/03/2016. Disponível em: <http://tvbrasil.ebc.com.br/expedicoes/episodio/indios-pataxos-e-a-terra-do-descobrimento-0>. 
Povos Indígenas, Fundação Nacional do Índio. Acesso in 13/03/2016. Disponível em <http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJA63EBC0EITEMID97E40658299248708ABD93B127495C90PTBRNN.htm>.

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